Concurso - Habitação coletiva em Cascais
Propõe-se dois edifícios, um de habitação familiar que remata e fecha volumetricamente o quarteirão da urbanização da Quinta da Bela Vista e outro, com implantação no interior do lote, para residência de estudantes.
Este gesto traduziu-se num edifício de 5 pisos em forma de “L” que, não sendo indiferente às características formais do terreno, apresenta um corpo de superfície curva no ponto de união das duas alas divergentes, vazado na zona central, no rés do chão, o que permite o acesso pedonal para o interior do lote e um eixo visual, de e para o exterior, de grande impacto.
Razão essa para que a proposta da residência dos estudantes se desenvolvesse em apenas dois pisos, de forma a garantir a desobstrução das vistas e aligeirar a massa construtiva no interior do terreno.
Por sua vez, o interior do terreno foi pensado para coabitar de forma harmoniosa com a residência de estudantes, que tem um volume edificado no piso térreo e mais um piso com cobertura ajardinada, passível de ser vivenciada, acessível através de uma rampa.
Por sua vez, o edificado principal, tem cobertura plana, ajardinada e acessível de forma a prolongar a perceção de área verde.
A solução para o estacionamento automóvel, ciclomotor e outros foi localizada, maioritariamente, na cave do edifício de habitação familiar.
A proposta, no seu todo, está intrinsecamente ligada à lógica de fluidez e continuidade vivencial e à dialética visual entre as mesmas.
Em colaboração com: Estúdio GOMA e Arq. Gabriele Cavazzano